Em abril deste ano, o Ministério da Saúde publicou um boletim confirmando o aumento dos casos de febre amarela no Brasil. Até o fechamento desta edição, já ocorreram 2.210 notificações da doença em 342 cidades espalhadas por diferentes Estados.Desse número, 604 casos foram confirmados, 552 estão sob investigação e 1.054 foram descartados. O Estado de Minas Gerais é o mais afetado pela epidemia, com 438 vítimas, seguido do Espírito Santo (146), Rio de Janeiro (11), São Paulo (5) e Pará (4). Segundo o governo federal, a febre amarela já matou 202 pessoas, a maioria em Minas Gerais, embora tenham havido mortes em número menor nos demais Estados afetados.
O vírus da febre amarela se divide em dois tipos: o silvestre, que ocorre nas regiões rurais, e o urbano, nas cidades. A modalidade silvestre é a mais comum e é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Os insetos a disseminam entre os animais e os seres humanos. Ao contrário do que se pensa, não são animais selvagens como macacos que contaminam os seres humanos. Já a febre amarela urbana é muito atípica.Desde 1942 não se registrava um caso dela.O seu transmissor é o Aedes aegypti, que passa o vírus de uma pessoa para outra.
O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas que moram nas regiões com maior incidência de casos da doença devem tomar a vacina da febre amarela. Para quem pretende viajar para uma dessas áreas, o ideal é tomar a vacina com 10 dias de antecedência, usar repelentes e evitar matas fechadas.